Indignada com a postura do governo Wagner, que quer manter a diminuição das verbas para as Universidades estaduais, além de não realizar o pagamento aos seus credores, de desrespeitar direitos de docentes e técnico-administrativos e precarizar ainda mais as condições de estudo e trabalho, a comunidade acadêmica das quatro instituições vai suspender as atividades nesta quinta-feira (7). Também serão realizadas manifestações nas principais cidades onde se localizam seus campi. No caso da Uefs, o DCE, o Sintest e a Adufs estão convocando as categorias para a participação em um Ato Público, no dia 7 de novembro, a partir das 9 horas, em frente à Prefeitura, no Centro de Feira de Santana.
O objetivo da paralisação e da mobilização é denunciar à sociedade a política de descaso do governo para com a Educação superior. Durante esta semana, será feita uma panfletagem nas salas de aula e nos setores para ampliar a discussão da situação.
A não liquidação das despesas já previstas no orçamento de 2013 tem comprometido as atividades de ensino, pesquisa e extensão. Os reitores se dizem “cansados de administrar crises”, conforme declaração de José Carlos, da Uefs, e reclamam das tentativas frustradas de negociação com o governo. Segundo o reitor da Uneb, Lourisvaldo Valentim, “a dívida da Uneb chega a R$ 10.200 milhões, mas o Estado tem repassado apenas R$ 3 milhões para pagamento das despesas”.
Em mais uma tentativa de avançar na discussão sobre o aumento no orçamento das Ueba, governo e reitores se reunirão em meados de novembro. Em seguida, o encontro será estendido aos professores, que em reunião no dia 29 de outubro exigiram uma proposta de aumento no orçamento para o próximo ano, de regularização dos pagamentos aos credores e prazos para os problemas relativos aos processos de promoção, progressão e mudança de regime de trabalho, além da ampliação do quadro de vagas e sua desvinculação às classes. Uma audiência pública sobre Orçamento e Autonomia também será realizada na Assembleia Legislativa.
A expectativa é que essas reuniões apontem para a solução do impasse entre o governo e a comunidade universitária. Caso contrário, há possibilidade concreta de enfrentamento, o que poderá redundar em uma greve geral. Dia 11 de dezembro outra paralisação já está agendada, quando as três categorias das quatro universidades pretendem fazer um Ato Público, em Salvador, reivindicando, de forma unificada, 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) já para 2014. Hoje, este percentual está um pouco abaixo de 5%.
A diretoria da Adufs convoca a categoria docente para o Ato Público desta quinta-feira (7), como forma de manifestar o descontentamento com a política do governo para com as Universidades estaduais, patrimônio importante do povo baiano
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