Revista revela a situação precária das IFEs

02/05/2013

Falta tudo nas Instituições Federais de Ensino: desde o ambiente adequado para o exercício do magistério, da pesquisa e da extensão até o material didático-científico para os alunos. Essa é a situação das IFE no Brasil, depois da expansão de vagas nas instituições, entre 2007 e 2012.  A situação é relatada na Revista Dossiê Nacional 3 - Precarização das Condições de Trabalho, volume I, lançada no dia 24 de abril, durante ato público em frente ao Ministério da Educação (MEC).

O material foi elaborado para consolidar uma série de informações sobre a precarização das condições de trabalho nas IFE, com base em relatórios produzidos pelos docentes nas universidades. Além de dar publicidade ao caos vivenciado pelos docentes em diversas instituições, a revista tem o objetivo de cobrar ações efetivas do governo e das reitorias para reverter o quadro de precarização. As denúncias, provenientes de 34 Seções Sindicais, foram divididas em 20 diferentes temáticas e transformadas em 20 pautas jornalísticas, que serão abordadas em dois volumes. 

GREVE DA UEPB

A greve dos docentes da Universidade Estadual da Paraíba (Uepb) continua, apesar de o Tribunal de Justiça do estado ter considerado a ilegalidade. A decisão foi tomada em assembleia realizada no dia 25 de abril.

Para o 1º vice-presidente da Regional Nordeste II do ANDES-SN, Josevaldo Cunha, a decisão do Tribunal de Justiça da Paraíba confirma a tendência do Judiciário brasileiro em tratar as questões sociais não como políticas, mas como criminalização.

A assembléia dos docentes da Uepb deliberou ainda o envio de uma nota de repúdio ao MP e ao Tribunal de Justiça pela “decisão unilateral sem nos permitir o direito de defesa, a busca de negociação com a reitoria e de diálogo com o governador para discutir a pauta de greve” e um mandato de segurança em defesa da data-base da categoria.

A Associação dos Docentes da Universidade Estadual da Paraíba (Aduepb) disse que o movimento lamenta que, no período fundamental de negociação, a reitoria mantenha uma posição intransigente de não apresentar nenhuma contraproposta, e destaca a atitude dos docentes ao reabrirem a negociação, e recuar da proposta inicial de 17,7% de reposição de todas as perdas para a reposição mínima de 2012, de 5,83%.
 
Fonte: Andes-SN, com edição.

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