Governador Rui Costa sinaliza para autorização de volta às aulas na Bahia sem vacinação da população

09/02/2021

Na última sexta (5), Rui Costa se reuniu virtualmente com prefeitos baianos para discutir um protocolo de volta às aulas presenciais nas redes públicas e privadas de ensino. Embora ainda não haja data programada para o retorno, a fala do governador com os prefeitos não trouxe consigo o condicionamento de vacinação em massa para retorno das atividades. Para o governador, é preciso levar em consideração apenas a taxa de mortalidade e ocupação dos leitos, fórmula esta que já deu errado em outros estados que precisaram novamente suspender as aulas presenciais por conta do alto índice de contaminação no interior das escolas.

No diálogo, o governador defendeu o retorno com o modelo híbrido, que se divide entre aulas presenciais e online, com a presença de 50% da turma por sala de aula. Especialistas têm alertado para o risco de surto da doença com os possíveis aumentos da contaminação que podem ocorrer com o retorno das aulas presenciais. Sem a estabilização da doença, o risco de contaminação nas ruas, em transportes lotados e, principalmente, no interior das instituições pode ser um agravante para o aumento de vítimas do Covid-19.

Enquanto especialistas discutem sobre os riscos iminentes com as possíveis formação de aglomerações e falta de estrutura adequada nas instituições de ensino, sobretudo públicas, o médico e prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins, afirmou estar alegre com a decisão do Governador.

Colbert Martins que tem desde o início da pandemia promovido uma política perversa de estrangulamento dos profissionais da educação, cortando salários, se negando a negociar com a categoria e suspendendo pagamentos, diz que a sua secretária de Educação está pronta para oferecer todo o suporte necessário para profissionais e discentes. O prefeito defendeu veementemente o retorno presencial para as atividades de nível superior, Ensino de Jovens Adultos (EJA) e Ensino Médio, embora ele mesmo assuma que o município tem dificuldade na aquisição de aparelhos e ferramentas tecnológicas para tornar possível as aulas online na rede pública.

A Adufs já se posicionou de forma contrária ao retorno das aulas presenciais sem vacinação em massa, em decorrência da falta de estrutura da universidade que pode ampliar os riscos de contaminação e morte em toda a comunidade.
 

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