Ataques virtuais a aulas e reuniões acadêmicas expõem fragilidade de plataformas

10/08/2020

No dia 29 de julho, a Assembleia Geral Universitária da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), em ambiente virtual, foi alvo de um ataque cibernético. A reunião, convocada conjuntamente por docentes, técnicos e estudantes, tinha como objetivo discutir a possibilidade do retorno das aulas em ensino remoto.

Desde o início da pandemia da Covid-19, com a transferência para plataformas virtuais das atividades presenciais, já houve vários registros de invasões às atividades. Em comum, a maioria dos ataques tem caráter racista, misógino, machista e fascista, fazendo referência à suástica, xingamentos de cunho racial e lgbtfóbicos e exibição de filmes pornográficos, entre outros. Houve ainda menções ao presidente da República, Jair Bolsonaro.

Segundo levantamento realizado pela imprensa do ANDES-SN, ao menos oito universidades registraram ataques às atividades acadêmicas. Para o presidente do ANDES-SN, Antonio Gonçalves, os ataques expõem as fragilidades dessas plataformas, no momento em que se discute, em todas as universidades públicas, institutos federais e Cefets, a retomada do calendário acadêmico através do ensino remoto.

“Esses são apenas alguns dos ataques que tivemos conhecimento. Mas, já dão uma dimensão dos problemas e riscos que iremos enfrentar, além de todos os outros que já estamos apontando, com a adoção do ensino remoto nos moldes que está sendo imposto”, alerta o presidente do ANDES-SN.

Fonte: ANDES-SN, com edição.  

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