Dieese divulga nota técnica com medidas emergenciais a serem adotadas pelo Sistema Financeiro Nacional

26/03/2020

As instituições governamentais, o Congresso Nacional, as Centrais Sindicais, o Banco
Central, entre outros organismos, vêm elaborando medidas emergenciais para conter os impactos sanitários e econômicos do coronavírus. Embora em um cenário de incertezas quanto à amplitude dos eventos, constrói-se algum consenso acerca da necessidade da adoção de ações preventivas para conter o alastramento da pandemia, bem como da criação de instrumentos que possam mitigar seus efeitos sobre o consumo e a renda da população brasileira.

Nesse contexto, agentes do setor financeiro implementaram algumas medidas voltadas a esse período de crise, que visam facilitar a concessão de novos créditos e a renegociação de créditos já concedidos, além de ampliar a liquidez do sistema financeiro para suprir a demanda do mercado.
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No entanto, essas iniciativas ainda são insuficientes, já que não alcançam parte da população excluída da proteção formal ao emprego, como trabalhadores uberizados e informais, além de empregados em micro, pequenas e médias empresas do setor de comércio e serviços, pequenos produtores rurais e agricultores familiares. Também não há previsão de medidas que garantam emprego e que reduzam, de fato, o endividamento das pessoas, como, por exemplo, a postergação do pagamento de financiamentos e de contas enquanto perdurar a crise.

Nota-se, ainda, que não há adesão do conjunto das instituições financeiras para a aplicação das medidas até então adotadas, cuja eficácia depende, imprescindivelmente, do engajamento de todas as entidades bancárias - públicas ou privadas - já que seria necessária a utilização das estruturas físicas e, sobretudo, digitais desenvolvidas pelo sistema bancário brasileiro, de modo a oferecer maior capilaridade e melhor distribuição dos serviços no território nacional. 

Leia a nota.

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