Coordenação Nacional da Central Sindical aprova plano de lutas

18/02/2020

Em reunião ocorrida em São Paulo, a Coordenação Nacional da CSP-CONLUTAS discutiu os desafios para os trabalhadores, diante dos ataques à classe, e encaminhou ações para enfrentar os governos nas esferas municipal, estadual e federal. O encontro, realizado da última sexta-feira (14) até domingo (16), contou com a participação de 417 representantes de sindicatos, federações, movimentos populares e estudantil. A Adufs foi representada pelo diretor Jucelho Dantas.

Os participantes reuniram-se em grupos setoriais, onde discutiram a conjuntura nacional, além das demandas e do contexto de cada setor. Também definiram as ações para o período. O setorial Educação aprovou a Greve Geral da Educação, em 18 de março. Na pauta da paralisação, a luta contra o desmonte e a privatização da educação pública; a criminalização dos ativistas e movimentos que lutam; as reformas das Previdência e Administrativa; e as terceirizações.

Ainda fazem parte dos encaminhamentos da pauta da Greve Geral da Educação a luta pela aplicação do Piso Nacional da Educação na carreira; valorização dos trabalhadores da educação; por 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação pública; pela unificação das redes municipal, estadual e federal na defesa da educação e dos serviços públicos; abaixo à militarização nas escolas; mais a participação e construção do 8 de Março, Dia Internacional da Mulher.

Setoriais
Os outros setoriais aprovaram seguir a campanha de denúncia contra os governos municipais, estaduais e federal; apoiar e fortalecer o Dia Internacional contra o Racismo, em 21 de março; ações contra os ataques aos direitos trabalhistas e em defesa do emprego, dos serviços e dos servidores públicos; Não à reforma Administrativa; atividades contra a privatização e em defesa da soberania nacional; defesa da estatização de todo o sistema financeiro; suspensão imediata do pagamento da dívida pública e investimento nas áreas sociais; defesa da educação pública, gratuita, laica e de qualidade; defesa dos povos originários da Amazônia; chamar a unificação da luta, a partir da greve dos petroleiros; entre outros encaminhamentos.

“Nas discussões, concluímos que o Brasil enfrenta uma grave crise do capitalismo e que o país não sairá de maneira fácil desta situação, pois precisa de uma profunda transformação. Mudança esta que envolve distribuição de renda. A classe média precisa ir à luta porque ela também é prejudicada pela crise do capital”, avaliou Jucelho Dantas, destacando que, no encontro, "houve um número elevado de representantes de sindicatos e oposições”.

Secretaria Executiva
A tarde do sábado (15) foi dedicada à eleição da nova Secretaria Executiva da Central (SEN). Foram apresentadas quatro chapas. A Chapa 3, formada pela maioria das entidades, recebeu 180 votos (70%). A Chapa 1 obteve 33 votos, a Chapa 2 teve 11 votos e a Chapa 4 recebeu 32 votos.

Com esse resultado, a Chapa 3 terá 19 titulares e 6 suplentes, a Chapa 1 terá 4 titulares e 1 suplente; a Chapa 2 terá 1 titular e a Chapa 4, 3 titulares e 1 suplente. O Conselho Fiscal, com nomes apresentados pela Chapa 3, também foi eleito por aclamação pela maioria dos delegados e delegadas presentes à reunião.

Responsável pela execução das decisões do Congresso e da Coordenação Nacional, a nova SEN terá a tarefa de colocar em prática o plano de lutas e resoluções que foram votadas no domingo (16).

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