Greve ganha força com o aumento da participação dos professores

22/04/2019

As atividades de mobilização realizadas no período da Greve são planejadas, desenvolvidas e avaliadas pelo Comando de Greve, composto por docentes que se reúnem periodicamente. A participação dos professores, mesmo os que não estão fazendo parte de comissão alguma, é fundamental para alinhar as demandas da categoria em um processo de construção coletiva que pensa para além das questões trabalhistas específicas. A luta é também por uma sociedade em que a educação pública, gratuita e de qualidade seja garantida, os retrocessos barrados e a as liberdades democráticas asseguradas.

Para tanto, não basta apenas apoiar simbolicamente o movimento paredista. É preciso construí-lo, entendendo este momento político de radicalização como parte constitutiva da atividade docente. É no que acredita o professor Afonso Mancuso, recém-efetivado no departamento de Psicologia da Uefs, que fez questão de integrar a comissão que compõe o Comando.

A greve e o viver a universidade
“Quem faz a greve são os docentes. Participar é efetivamente colaborar e compor as forças e as possibilidades de atuação do próprio movimento. Participar da greve é uma outra maneira de viver a universidade, porque são esses momentos em que emergem os problemas e afloram as forças políticas que conduzem os rumos da universidade. Quando fazemos o movimento de greve, vivemos o caráter político da universidade”, afirma Mancuso.

Lecionar, fazer pesquisa, orientar estagiários são algumas das atividades que o professor Afonso Mancuso desenvolve no seu cotidiano. Para ele, a greve não pode ser considerada uma atividade extra às suas demandas como docente: “Eu participo do movimento como vivência da minha docência. Apesar desta atividade ser diferente, para mim, tudo isso faz parte de viver a universidade de forma mais completa”, enfatiza.

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