Estudantes da Uefs aprovam moção em apoio à greve docente

08/04/2019

Na última quinta (04) foi realizada uma assembleia dos estudantes da Uefs convocada com o objetivo de avaliar o processo de mobilização docente e formas de contribuição neste período de radicalização. Entre os encaminhamentos aprovados estão a divulgação de uma moção de apoio à greve docente e uma agenda de mobilizações para fortalecer a luta coletiva, já que os estudantes também têm uma pauta de reivindicações diante das dificuldades que a Uefs tem enfrentado para realizar as atividades de ensino, pesquisa e extensão.

Os estudantes reivindicam o aumento do repasse do estado de 7% da Receita Líquida de Impostos (R.L.I.) para as Universidades Estaduais da Bahia, 1% da R.L.I. para políticas de permanência como rubrica específica, a abertura de, pelo menos, um edital por semestre para o programa de assistência estudantil Mais Futuro, além de questões mais pontuais para o campus da Uefs, como mais iluminação e construção de laboratórios. Na assembleia, os discentes defenderam posição contra o revisionismo dos livros didáticos que tratam sobre o golpe de 1964, sugerido pelo atual ministro da educação do governo Bolsonaro, Ricardo Vélez.

Para Kyrlian Lima, graduando do curso de Letras com Inglês da Uefs e militante do “Pajeú: Resistência em Movimento”, neste contexto de retrocessos em que um conjunto de direitos conquistados por trabalhadoras/es, negros, índios, quilombolas e outras minorias, estão sendo cassados pelas classes dominantes, a luta docente é necessária. “A luta dos professores é mais uma frente de resistência que se une a outras lutas como a que acontece no campo, a luta por mobilidade e a luta dos indígenas. Isso é fundamental para dizer que não vamos aceitar esses ataques, nem do governo federal, nem do estadual”, afirma.  
 

Foto: Kyrlian Lima

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