Suspensão de atendimentos ao Planserv prejudica servidores

18/02/2019

Continua a paralisação dos procedimentos eletivos feitos por médicos que atendem pelo Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Estaduais (Planserv). Segundo o Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed), o número de especialidades que aderem ao movimento é cada vez maior. O impasse nas negociações com o governo tem causado transtornos a muitos servidores e seus familiares.

Ainda de acordo com o Sindimed, os médicos estão sendo orientados a informar ao paciente que quando houver indicação cirúrgica, o procedimento não será realizado via Planserv.

A mobilização não denuncia apenas a defasagem das tabelas de honorários que, em muitos casos, segundo o Sindimed, chega a mais de 10 anos. Denuncia, também, que as tabelas do Planserv não incluem procedimentos mais avançados, além da demora do plano em autorizar procedimentos e exames.

A Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas da Bahia (Coopanest) divulgou, em nota, que desde o dia 7 de janeiro deste ano, salvo algumas exceções, os serviços médicos de anestesiologia prestados pelos cooperados estão sendo negociados e cobrados pelos médicos diretamente dos pacientes. A medida foi adotada depois de diversas tentativas de negociação de reajuste nos honorários, sem sucesso, e após o governo estadual desrespeitar o acordo firmado em conjunto com o Ministério Público estadual.

Elson Moura, professor da Uefs, denunciou que em uma clínica oftalmológica, na capital baiana, teve de pagar R$ 100 para dilatar a pupila porque o plano não autorizou o procedimento. “No consultório, também vi uma docente aposentada reclamando por não ter conseguido a autorização do plano para o atendimento dela”, disse.

Enquanto os servidores sofrem em busca de atendimento através do plano e são penalizados pela precarização do serviço, o governo Rui Costa ainda reduziu o repasse financeiro do Executivo ao plano de 4% para 2%. A vida financeira dos professores fica mais comprometida quando se considera que estes estão há quatro anos sem a reposição da inflação e, recentemente, perderam ainda mais o poder de compra por conta do aumento na alíquota de contribuição para a Previdência.  

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