Crescem os ataques de ódio no Brasil

15/10/2018

Um estudante da Universidade Federal do Paraná (UFPR) que vestia um boné do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) foi brutalmente agredido em frente à instituição, em Curitiba. Os agressores gritavam o nome do candidato de extrema direita e atacaram o estudante com garrafadas de vidro na cabeça. Ataques de ódio movidos por posições políticas conservadoras têm se tornado regra nas universidades e nas ruas brasileiras. A agressão ocorreu no dia 9 deste mês.

Na Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), por exemplo, a Associação de Docentes da instituição (Adufpel) denunciou a ameaça sofrida pelo docente Luciano Agostini, que recebeu um e-mail "anônimo", com ameaças de uma pessoa que afirma estar envolvida “diretamente na campanha” do mesmo candidato.

Já na Universidade do Estado do Mato Grosso (Unemat), a Associação Docente (Adunemat) divulgou nota de repúdio aos sucessivos ataques que docentes, servidores e estudantes apoiadores da democracia têm sofrido nas dependências da instituição. Também no Mato Grosso, o muro do Instituto de Linguagens da Universidade Federal (UFMT) foi pichado com uma suástica e uma referência ao candidato de extrema direita. Na Universidade Estadual do Maranhão (Uema), apoiadores de extrema direita entraram na universidade na última terça-feira (9) gritando o nome do candidato, arrancando cartazes das paredes e cometendo violências simbólicas e efetivas.

Em nota divulgada na última quinta-feira (11), o ANDES-SN resgata outros casos de agressões iniciados logo após o término do primeiro turno das eleições. Para o ANDES-SN, o discurso de ódio e as práticas fascistas tentam intimidar o movimento estudantil, movimento sindical e o direito da comunidade acadêmica se posicionar politicamente.

Fonte: ANDES-SN, com edição. 

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