No mês de janeiro sede da Adufs funcionará em horário especial
Durante o mês de janeiro a sede da Adufs funcionará em horário especial, das 08h às 13h.
Nesta quarta-feira (29), ativistas brasileiras memoram o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica. Criada em 1996, a data é considerada um marco no combate à violência e à violação cometidas contra essas mulheres por conta da orientação sexual. Apesar da importância do dia, muito ainda há de ser feito para garantir a igualdade de direitos e a liberdade sexual delas.
Segundo a professora da Uefs, Maria Aparecida Sanches, militante feminista e militante homossexual, a data marca a luta política por cidadania e reconhecimento de direitos e permite, socialmente, a visibilidade das mulheres lésbicas. “Todas nós queremos viver sem que nossa orientação sexual seja desculpa para a violência. O índice de violência e de estupros corretivos são altos. Essa realidade reflete a nossa sociedade conservadora, patriarcal e misógina. Hoje é um dia para dizer basta a tudo isso”, desabafou a docente, ao lembrar que vive-se em uma sociedade cada vez mais homofóbica, lesbofóbica e transfóbica, que tem produzido violências extremas contra as mulheres. Ainda conforme Sanches, “em se tratando das lésbicas e negras, a situação é ainda mais grave”.
O Dossiê sobre Lesbocídio no Brasil, elaborado pelo Grupo de Pesquisa Lesbocídio do Núcleo de Inclusão Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Ufrj), revela que de 2000 a 2017 foram registrados 180 crimes de ódio contra lésbicas. Somente entre 2014 e 2017 foram 126 assassinatos lesbofóbicos no país, o que significa que os assassinatos têm crescido nos últimos anos.
Lesbofobia no ambiente acadêmico
Maria Aparecida Sanches ainda afirma que existe lesbofobia no ambiente acadêmico, onde é necessário haver debate sobre gênero, homofobia e LGBTfobia em todas as instâncias. “O debate político deve ocorrer nas campanhas para reitor, nas direções dos sindicatos e dos departamentos. Tem de haver um reconhecimento coletivo de que a violência contra os LGBT existe e a única forma de impedir que ela permaneça é efetivamente discutí-la de forma clara, objetiva e ampla dentro do ambiente acadêmico”.
Durante o mês de janeiro a sede da Adufs funcionará em horário especial, das 08h às 13h.
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