Gastos com alimentação, transportes e habitação pressionam inflação

30/07/2018

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, no dia 20, o IPCA-15 do mês de julho, que é uma prévia da inflação oficial. O índice teve a maior alta para o mês desde 2004. De acordo com o levantamento, a variação do IPCA-15 foi de 0,64% em julho. O resultado acumulado do ano é de 3%, sendo que nos últimos 12 meses, a alta é de 4,53%.

O maior peso na composição da taxa foram itens ligados à alimentação e bebidas (0,61%), transportes (0,79%) e habitação (1,99%), equivalendo a 95% do índice. No grupo de transportes, subiram itens como ônibus interestadual (4,60%), ônibus urbano (1,42%) e ônibus intermunicipal (1,07%). Outra alta foi do pedágio (0,46%), com reajustes em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Itens importantes ligados à habitação tiveram a maior variação entre os grupos e o maior impacto no mês, com 0,31 ponto percentual, quase metade do índice total. Destaque para a energia elétrica (6,77%), gás de botijão subiu 1,36% e o gás encanado, 1,24%. A taxa de água e esgoto teve alta de 1,27%.

Em resumo, o que se vê é que itens básicos no dia a dia da população, como gás de cozinha, energia elétrica, ônibus, leite e frango, seguem pressionando o custo de vida, afetando principalmente a classe trabalhadora e os mais pobres. Uma situação que se agrava ao considerar que há no país cerca de 28 milhões de pessoas sem emprego.

Governo e empresas tentaram justificar a alta no mês de junho em razão da greve dos caminhoneiros, mas, dois meses depois, o fato é que a carestia, com a alta de importantes itens do dia a dia dos trabalhadores, é uma realidade para a maioria das famílias.

10 de agosto
A luta contra a alta no preço dos combustíveis, que é fruto da política de reajustes adotada pela Petrobras e pelo governo Temer, é um dos eixos do Dia Nacional de Paralisações e Manifestações, convocado pelas centrais sindicais para o próximo dia 10 de agosto.

Nesta data estão previstas um dia de paralisações nos locais de trabalho, protestos e manifestações em todo o país, para dar um basta aos ataques dos governos e patrões e em defesa das reivindicações dos trabalhadores e do povo pobre.

Fonte: CSP-CONLUTAS, com edição. 

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