Assembleia avaliará a campanha salarial e os novos rumos da luta

12/06/2018

Nesta quarta-feira (13) haverá assembleia dos professores para discutir, dentre outros pontos, a campanha salarial 2018, as dificuldades enfrentadas pelos docentes para a realização das atividades acadêmicas e, diante da atual conjuntura, os encaminhamentos a serem deliberados pela categoria. A assembleia, que contará com um intérprete de libras, será realizada às 16h30, no Auditório 2, Módulo I.

O contexto atual é de cerceamento aos direitos trabalhistas dos docentes, redução da verba de custeio e manutenção das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) e confisco nos salários. Sim! Este governo é o responsável pelo maior arrocho salarial dos últimos 20 anos. Conforme estudo encomendado pelo Fórum das ADs ao Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), de janeiro de 2015 a dezembro de 2017 houve uma perda de 17,42% e para recompô-la é necessário um reajuste de, no mínimo, 21,10%.

Direitos previstos em lei, como o pagamento da reposição inflacionária, que tem o mês de janeiro como data-base, são cerceados. Já são três anos sem o reajuste. É a primeira vez, em 20 anos, que o conjunto do funcionalismo público da Bahia fica três anos consecutivos sem, sequer, ter a reposição! 

Sem falar nas promoções, progressões e mudanças de regime, garantidas a conta-gotas somente após tensionamento da categoria. Outros direitos também veem sendo vilipendiados, enquanto o governo Rui Costa publica inverdades na imprensa sobre a relação estabelecida com as professores.

Mesmo com a gravidade da situação, o governador Rui Costa, responsável por tal situação, sequer tem dado atenção às diversas solicitações do Fórum das ADs para discutir a pauta de reivindicação 2018. Pior! Orientou, no mês passado, a equipe da segurança a impedir o acesso de alguns professores da Uefs que desejavam entregar-lhe a pauta em mãos, durante evento no qual esteve presente, em Feira de Santana.

A diretoria da Adufs entende que Rui Costa e equipe não irão negociar com o Fórum, caso não haja ainda mais cobrança da categoria. As provas de que, para o gestor, a educação pública superior não é prioridade, já são bastante evidentes. No entanto, se pressionado pela força dos docentes, os gestores poderão sinalizar para um acordo.

Diante do descaso do governo, é urgente que todos compareçam à assembleia para discutir os próximos passos das mobilizações e, nas ruas, demonstrar a disposição da categoria à luta.  

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