Contrarreforma Trabalhista: universidades privadas demitem docentes

27/12/2017

Pouco depois da entrada em vigência da Contrarreforma Trabalhista (Lei 13467/17) já é possível ver as consequências da retirada de direitos trabalhistas no interior das universidades privadas brasileiras. Apenas no mês de dezembro, instituições como a Estácio de Sá, a Metodista e a Uniritter já anunciaram a demissão de parte de seu quadro docente e provavelmente a recontratação dos professores com menos direitos trabalhistas. Os sindicatos de docentes de universidades privadas das distintas cidades onde houve demissões foram à Justiça do Trabalho, buscando revertê-las.

Após uma série de decisões locais favoráveis aos trabalhadores, a juíza Tallita Massucci Toledo Foresti, da 21ª vara do trabalho do Rio de Janeiro, determinou na sexta (15) que as demissões que já ocorreram e as que seriam feitas nos próximos dias sejam suspensas por 30 dias. Em caso de descumprimento, a instituição será multada em R$400 por dia para cada trabalhador.

Jacob Paiva, 1º secretário do ANDES-SN, critica as demissões. “Sempre denunciamos que os docentes do setor privado sofrem com piores condições de trabalho, com menores salários, com a falta de liberação para pós-graduação, com a falta de democracia e com a dificuldade de sindicalização. Infelizmente, com a contrarreforma Trabalhista, essas empresas da educação privada vão buscar diminuir os seus “custos”, demitindo professores com maior formação e mais tempo na carreira, para contratar docentes mais precarizados. E isso impacta diretamente na qualidade do ensino”, afirma.

Fonte: ANDES-SN, com edição.

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