Professores questionam alterações no Planserv

15/09/2017

O Fórum das ADs reuniu-se com Cristina Cardoso, coordenadora Geral do Planserv, e o Superintende de Recursos Humanos da Secretaria da Administração (Saeb), Adriano Tambone. Os docentes pediram esclarecimentos sobre a recente licitação para contratar uma empresa privada objetivando a gestão do plano e a consequente ameaça de terceirização.

Diante dos questionamentos do Fórum, a coordenadora do Planserv justificou a medida pelo aumento abrupto nos números de atendimento das prestadoras de serviço, o que levantou suspeita de desvio e um ‘excesso de consultas’. Segundo Cristina Cardoso, isso demandou a contratação de uma empresa para aprimoramento da gestão do plano. Apesar da justificativa, não foram apresentados os dados numéricos que comprovassem mais detalhadamente as disparidades relatadas pela coordenadora.

O encontro aconteceu no dia 11 deste.

Restrições deixam as ADs em alerta
Os docentes alertaram sobre as restrições geradas pela medida. Desde 2015, os usuários do Planserv enfrentam sucessivas limitações no atendimento, na realização de exames e acesso às consultas. Além disso, no último período, aumentou o valor descontado pelo serviço na folha de pagamento de muitos professores. As ADs destacaram que essa medida sem o reajuste salarial há mais de dois anos precariza de forma ainda mais dura o salário dos funcionários públicos.

Para os docentes, as explicações têm uma lógica racionalizadora de gestão financeira que, na prática, gera restrições. “A questão é como melhorar os gastos sem restringir os direitos” defendeu André Uzêda, diretor da Adufs e mestre em Saúde Coletiva.

No mês de fevereiro, em Feira de Santana, sem nenhum aviso prévio, o Planserv descredenciou um hospital pediátrico que atendia toda a região. Já no mês de junho, servidores associados ao Planserv tiveram restrições no acesso aos atendimentos médicos. Em Salvador, o problema da limitação de consultas e exames atingiu hospitais como o Santa Izabel e o Português.

Nenhum direito a menos
O movimento docente destacou que estará, como sempre esteve, na luta contra a falta de comprometimento do governo Rui Costa também no setor da saúde. O Fórum avaliou a reunião como importante, porém ainda insuficiente para esclarecer todas as questões. Foi indicado discutir as pautas relativas ao Planserv na próxima reunião do Fórum, que ocorrerá no dia 26 de setembro, às 14h, na Aduneb. A proposta é avaliar o tema de forma mais cuidadosa e, em seguida, solicitar uma nova reunião com os representantes do Planserv e da Saeb.

Pauta de reivindicações 2017
Na oportunidade, as representações docentes também cobraram resposta e abertura de diálogo do governo do Estado sobre a pauta de reivindicações da categoria, protocolada desde o dia 19 dezembro de 2017. Apesar de reconhecer que desde o mês de maio as contas do Estado têm apresentado melhoras, mais uma vez, Adriano Tambone se recusou a abrir uma agenda de reunião sobre a retirada de direitos e a crise financeira das universidades estaduais baianas.

Diante do descaso do governo, o Fórum segue na construção do indicativo de greve. A indignação da categoria fez com que docentes na Uesb e Uesc aprovassem em assembleia o indicativo de greve. Na Uefs a pauta está em discussão. Leia mais sobre o indicativo de greve.

Fonte: Ascom Fórum das ADs. 

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