XV Encontro das Iees/Imes reúne docentes de 25 seções sindicais

13/09/2017

Representantes de 25 seções sindicais do ANDES-SN participaram nos dias 7, 8 e 9 de setembro do XV Encontro das Instituições de Ensino Superior Estaduais e Municipais (Iees/Imes) do Sindicato Nacional, realizado na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Facs/Uern), em Mossoró (RN). A Associação foi representada pelos diretores André Uzêda e Cledson Ponce.

Entre as medidas debatidas, está a realização de um ato nacional unificado para o lançamento da Frente Nacional em Defesa da Educação Pública, precedida de uma reunião conjunta dos setores das Ifes e Iees/Imes para organizar o ato nacional. Também foi indicado que os docentes organizem audiências públicas nos estados com o objetivo de debater a pauta unificada das Iees e Imes, visitas aos gabinetes dos deputados e senadores para a entrega da pauta unificada, atos locais, aulas públicas, atividades de extensão em defesa da universidade pública, entre outras atividades.

Segundo André Uzêda, os debates reforçaram que os ataques à classe trabalhadora e ao setor público ocorrem de forma generalizada, uma realidade, conforme o professor, enfrentada por diversas categorias.

Processo Estatuinte
No primeiro dia do XV Encontro das Instituições de Ensino Superior Estaduais e Municipais houve a mesa sobre o tema “Democracia Universitária: autonomia e processos de estatuinte nas IEES-IMES”. A exposição foi feita por alguns professores, um deles foi José Carlos Barreto, membro do Conselho Fiscal da Adufs e reitor da Uefs entre 2007 e 2015. O docente deu grande contribuição ao Processo Estatuinte na instituição.

José Carlos Barreto pontuou que embora o processo Estatuinte fosse uma reivindicação feita pela comunidade acadêmica desde a década de 80, as reitorias anteriores da Uefs nunca demonstraram interesse na pauta. O processo decorreu do compromisso assumido por ele e a comunidade acadêmica.

“O processo Estatuinte tem um importante papel no repactuar das formas de convivência e relações institucionais. À reitoria deveria caber, como coube, a convocatória para que docentes, técnicos e discentes se envolvessem ativamente num amplo movimento de discussão e proposição dos novos instrumentos normativos básicos para a instituição”, disse José Carlos, informando que “a autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial não está consolidada nas universidades públicas brasileiras. Na Bahia, as universidades estaduais sofrem continuadamente com a violação da sua autonomia por parte dos sucessivos governos e, portanto, o compromisso com a defesa desta é condição imprescindível para os que defendem a universidade pública”.
 

Fonte: Adufs, com informações do ANDES-SN.

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