Caravanas da Conlutas e demais Centrais Sindicais levam milhares a Brasília

24/05/2017

‘Eu não vou renunciar; se quiserem, me derrubem’, afirmou o presidente Michel Temer ao Jornal Folha de S. Paulo na última segunda-feira (22). Se ele não renuncia, o poder de tirá-lo está nas mãos da classe trabalhadora. Vamos ocupar Brasília nesta quarta-feira (24) e exigir o fora Temer e os corruptos e acabar de vez com as reformas trabalhista e previdenciária.

Em São Paulo, mais de 70 ônibus, no Rio de Janeiro a caravana foi de 30 ônibus, em Minas Gerais, cerca de 20 ônibus organizados. Ao todo, são pelo menos 160 ônibus de 16 estados.

Dezenas de seções sindicais do ANDES-SN se deslocaram à capital federal, incluindo a Adufs. No dia 12 de maio, representantes das seções sindicais dos setores das Instituições Estaduais e Municipais de Ensino Superior (Iees/Imes) e Federais (Ifes) do Sindicato Nacional estiveram reunidos no Rio de Janeiro para encaminhar a participação na caravana e envidar esforços para a construção de uma nova agenda de Greve Geral de 48 horas para barrar as contrarreformas.

A CSP-Conlutas reafirma que nem Michel Temer nem os políticos do Congresso Nacional têm moral para aprovar ou mesmo pautar projetos que retirem direitos e rebaixem conquistas dos trabalhadores. 

Ação da polícia para acabar com Cracolândia

gera terror em moradores e dependentes

“Era perto de 6h, quando ouvi tiros, bombas, gritaria. A polícia entrou com tudo. Foi um pavor! Eu só fico me perguntando para onde vai esse povo todo? Será que não percebem que são doentes? Eu não tenho o que comer hoje. Ninguém comprou leite, pão, nada. Tá tudo fechado”. Foi assim que a chilena Verônica Vega, que trabalha em um hotel na rua Barão de Piracicaba definiu a operação realizada pelo governo do Estado, em parceria com a prefeitura de São Paulo, na manhã de domingo (21/05).

Mais de 500 homens da Polícia Civil, coordenados pelo GOE (Grupo de Operações Especiais), além de centenas de policiais militares com ampla ação do Choque e apoio da Guarda Civil Metropolitana trabalharam na ação que tinha como objetivo acabar com o chamado “fluxo”, localizado na rua Dino Bueno, onde o tráfico e uso de drogas acontece a qualquer hora do dia e da noite.

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), comemorou a ação e disse que a Cracolândia acabou. Mas não é o que moradores acreditam. Uma moradora de um apartamento na avenida Rio Branco disse ter “certeza” de que, quando a polícia deixar o local, tudo voltará a ser como antes. “A gente já viu esse filme. Tá vendo esse pessoal aqui no posto? Vão voltar”, disse.

Um dos usuários, que não quis se identificar, mostrou a marca de bala de borracha nas costas. “Foi o maior desespero. Não tinha para onde correr”, disse.

Fonte: CSP-CONLUTAS, com edição. 

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