Transporte público, comércio e unidades de ensino sem funcionar em Feira de Santana. Nas ruas, bancários, professores, incluindo os docentes da Uefs, servidores do judiciário, rodoviários, comerciantes, metalúrgicos, produtores rurais, dentre outras categorias, que pararam as atividades, na última sexta (28), durante a Greve Geral, em um ato unificado contra as reformas da Previdência e Trabalhista e a Terceirização. A mobilização ainda contou com a participação de centenas de estudantes. Rodovias foram bloqueadas em alguns pontos da cidade.
A urgência em ocupar os espaços públicos do município para demostrar a insatisfação popular aos projetos em curso pelo governo Michel Temer foi ressaltada em algumas falas. Entre os manifestantes, o sentimento era de indignação com os ataques do Congresso Nacional à aposentadoria e aos direitos previstos em lei após intensa reivindicação da classe trabalhadora. Alguns dos presentes ainda aproveitaram o espaço para falar da luta das mulheres e negros por respeito e igualdade de direitos. Os funcionários terceirizados da Uefs, penalizados pelo constante atraso no pagamento dos salários, também estiveram no protesto.
Em sua fala, o diretor da Adufs, André Uzêda, destacou a grandiosidade do ato, que foi realizado em vários estados do país com ampla participação de trabalhadores e estudantes. “Fizemos um protesto muito bonito em Feira de Santana. Estamos nas ruas para dizer que não aceitamos a política desse governo ilegítimo e a regressão da nossa cidadania”, afirmou.
A mobilização realizada em Feira de Santana começou com uma concentração em frente à Prefeitura. Depois, os manifestantes seguiram pela avenida Senhor dos Passos, ruas Conselheiro Franco e Voluntários da Pátria, retornando pela Senhor dos Passos. De lá, seguiram pela avenida Getúlio Vargas e se concentraram em frente à Praça de Alimentação da cidade, onde o protesto foi finalizado. Apesar do caráter pacífico da mobilização, uma viatura da Polícia Militar (PM) acompanhou todo o percurso.
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