Manifestantes reprimidos em protesto na capital federal

05/12/2016

Tiros de balas de borracha, spray de pimenta, bombas de gás lacrimogênio, pancadaria e prisões. Essa foi a maneira que a Polícia Militar (PM) a serviço do governo Temer respondeu aos mais de trinta mil trabalhadores, estudantes e idosos de todas as partes do país que foram a Brasília em um protesto pacífico (Ocupa Brasília) contra a votação, em primeiro turno, no Senado, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, no dia 29 de novembro. De Feira de Santana saiu uma caravana com professores e alunos da Uefs, além de discentes da Ufrb e do Ifba.

A violenta repressão policial iniciou em frente ao Congresso Nacional. Assustados com os excessos cometidos, os manifestantes recuaram na tentativa de evitar o tumulto, mas, numa atitude covarde, a PM, com apoio da Polícia Legislativa, continuou investindo contra os presentes com forte armamento e a cavalaria. O resultado de tamanha truculência foram dezenas de feridos, presos, que foram libertados, e desaparecidos, já encontrados.

O protesto, uma reação da classe trabalhadora e da juventude brasileira contra a política do governo Temer e do Congresso Nacional, foi criminalizado e exposto pela grande imprensa do país como ato de vandalismo com a proposital intenção de colocar a população contra aqueles que lutam por um país socialmente justo.

A diretoria da Adufs, presente na manifestação, repudia veementemente a ação policial e o autoritarismo do governo Michel Temer. Para os sindicalistas, os trabalhadores e estudantes não se intimidarão com a violência do Estado e seguirão dispostos à construção da luta, que será ainda mais reforçada.

Veja a relação dos senadores que votaram a favor da PEC 55 no primeiro turno.

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Feira de Santana

Os atos convocados nacionalmente são organizados em Feira de Santana por diversas entidades e movimento sociais através de plenárias. A última ocorreu quinta (1º), na qual foi avaliado o Dia Nacional de Mobilizações e Greves, em 25 de novembro.

Na próxima plenária de entidades, marcada para quarta-feira (7), às 18h30, no Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães, será feita uma análise da conjuntura e discutidos os novos rumos da luta.

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