Greve dos estudantes da Uefs amplia mobilizações realizadas no país

03/11/2016

Os estudantes da Uefs, em greve desde a última terça (1º), fizeram uma mobilização no pórtico na instituição, hoje (3), com bloqueio do acesso ao campus. Além da luta por pautas reivindicadas nacionalmente, como o veto à PEC 55 (que tramitou na Câmara dos Deputados como PEC 241), os discentes exigem o atendimento de demandas específicas. Solidários aos alunos, os diretores da Adufs reafirmaram a importância do ato e se disponibilizaram a prestar o suporte necessário. Por conta do protesto, as atividades acadêmicas foram paralisadas.

A mobilização dos estudantes, que também ocuparam a reitoria no dia 1º, endossa o conjunto de protestos realizados em todo o país contra a PEC 55, a reforma do Ensino Médio, os projetos relacionados ao Movimento Escola sem Partido e a redução dos recursos destinados para a educação pública. Na Bahia, ainda estão ocupados os campi da Uesb, Uesc, Ifba, Ufba, Ufob, Uneb e Ufrb.

Diretoria da Adufs solidária ao movimento

Foto tirada do celular

No âmbito estadual, os discentes da Uefs exigem a destinação de 1% da Receita Líquida de Impostos (RLI) para a permanência estudantil e endossam a reivindicação dos professores por 7% da RLI para as Universidades Estaduais da Bahia (Ueba). Também querem a ampliação do bandejão e das residências universitária e indígena, a abertura do campus nos finais de semana e feriados, punição, com debate, aos casos de machismo, racismo e LGBTfobia na Uefs, dentre outros pontos.

Durante o protesto, Elson Moura, diretor da Adufs, leu a moção de apoio da diretoria à greve dos estudantes. No documento, os diretores ressaltam que o protesto é legítimo e deve fortalecer a luta organizada em todo o país rumo à greve geral.

Leia a moção.

 

Diretor da Adufs leu moção de apoio ao movimento

Foto tirada do celular

Aula pública
A comissão de organização do VIII Encontro Estadual de História, que ocorre na Uefs desde a última terça (1º), fez da mobilização um espaço de discussão. A palestra com o professor Fernando Penna, da Universidade Federal Fluminense (UFF), transformou-se em uma aula pública sobre o Movimento Escola sem Partido.

Rodrigo Osório, diretor da Adufs e membro da comissão de organização do Encontro, ressaltou que, pela primeira vez na história da Anpuh-Bahia (Associação Nacional de História), uma aula pública é realizada numa universidade ocupada.  

Aula pública com o professor Fernando Penna

Foto tirada do celular

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