Docentes das Estaduais do Paraná entram em greve

18/10/2016

Docentes das universidades estaduais do Paraná iniciaram desde a última semana um movimento grevista contra o descumprimento, por parte do governo do estado, do acordo firmado com a categoria, que levou à suspensão da greve em 2015. No início de outubro, o governador do Paraná, Beto Richa, encaminhou à Assembleia Legislativa do estado uma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) suspendendo o pagamento do reajuste salarial dos docentes e demais servidores públicos estaduais, previsto para janeiro de 2017.

O governador estabelece, no texto da emenda, que a reposição salarial dos servidores públicos não será paga “enquanto não forem implantadas e pagas todas as promoções e progressões devidas aos servidores civis e militares” e, ainda, condiciona o aumento à “comprovada disponibilidade orçamentária e financeira”.

Na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), a greve foi retomada no dia 10. Já os docentes da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) entraram em greve no dia 13, enquanto os docentes da Estadual de Maringá (UEM) aderiram à paralisação a partir da última sexta (14). Na Estadual do Paraná (Unespar), os docentes entraram em greve a partir desta segunda (17), e devem realizar assembleia na próxima quinta, dia 20, para avaliar a negociação e a continuidade do movimento paredista. Na Universidade Estadual de Londrina (UEL), os professores decidiram paralisar as atividades de segunda (17) a quarta (19). Já na Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (Unicentro), a assembleia para deliberação sobre deflagração da greve está marcada para quarta (19).

As seções sindicais do ANDES-SN estão programando uma série de atividades locais e um grande ato, em conjunto com demais categorias e com o movimento estudantil, deve ser realizado na quarta (19), na capital do estado, Curitiba. 

Além das Universidades, os professores e funcionários da rede pública estadual e a polícia civil também entraram em greve nesta segunda-feira (17). O movimento em defesa da educação no Paraná também envolve os estudantes, da rede básica e Universidades, que até o presente momento ocupam cerca de 500 escolas pelo estado e outros quatro campi de universidades: Toledo, Marechal Candido Rondon, Paranaguá e União da Vitória.

Segundo informativo da Adunioeste – Seção Sindical do ANDES-SN “a greve geral da educação é uma medida que revela o descontentamento de professores, funcionários e estudantes ao tratamento dado pelo governo para a educação. A receita corrente do Paraná cresceu, em termos reais, 27,28% (acima da inflação) no período de 2011 a 2015. Na hora de investir em educação o governo diz que há uma crise e que não dá para investir”, ressalta o documento.

Fonte: ANDES-SN, com edição.
 

Leia Também