Encontro discute opressões dentro e fora das universidades

05/10/2016

Nos dias 24 e 25 de setembro, aconteceu, na sede da Regional Nordeste III do ANDES-SN, em Salvador, o encontro do Grupo de Trabalho de Política de Classe para as Questões Étnico-raciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS). A diretoria da Adufs participou da reunião que contou também com representantes de diversas seções sindicais de todo o país.

Marcado por um qualificado debate a respeito de temas como a importância de combater a Lei da Mordaça e a intolerância nos espaços formativos, o encontro abordou também a necessidade da construção de uma Comissão da Verdade da Escravidão no Brasil. A proposta dessa Comissão é aprofundar as discussões sobre a questão étnico-racial pós-abolição e a dívida histórica que o estado brasileiro tem com o povo negro.

Para o diretor da Adufs e membro do GTPCEGDS, Gean Santana, o espaço de discussão foi oportuno para consolidar ações que visem combater a ofensiva conservadora marcada por casos de LGBTfobia, machismo e racismo. “O encontro cumpriu um importante papel para fortalecer a luta por uma sociedade mais justa, democrática e solidária. A ampliação da defesa dos direitos, a negação da diferença como inferioridade e de todos as formas de dominação e violência que pretendam segregar, classificar e hierarquizar indivíduos são propósitos do GT. Momentos como este nutrem o nosso potencial combativo”, declarou.

O diretor ainda enfatizou a relevância da Cartilha do GTPCEGDS para as seções sindicais. Segundo Gean Santana, o material contribui com a unificação da categoria docente em torno de discussões que indicam para o enfrentamento das opressões presentes dentro e fora das universidades e instituições. “A Cartilha tem um papel de orientar sobre o conjunto de opressões impregnadas no ambiente acadêmico e fora dele. Esse instrumento nos unifica ainda mais para o combate de todas as formas de violência que nos impede de viver em uma sociedade justa e igualitária”, pontuou.
 

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