Professores da Uefs endossam mobilização nacional

30/09/2016

O ato do Dia Nacional de Luta, Mobilização e Paralisação, proposto pelos metalúrgicos para quinta-feira (29), contou com o apoio dos professores da Uefs, que fizeram uma panfletagem no pórtico da instituição.

Os docentes criticaram o texto da Medida Provisória que prevê a reforma no Ensino Médio, o aprofundamento das investidas contra o setor público, os PLs relacionados ao Movimento Escola sem Partido e o conjunto de projetos que extinguem direitos trabalhistas garantidos constitucionalmente, como o Projeto de Lei (PL) 257, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, além das reformas previdenciária e trabalhista. Também endossaram a luta pelo Fora Temer e rumo à greve geral.

A participação no ato do dia 29 foi indicada na reunião do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) em unidade com as centrais sindicais durante a Jornada de Lutas, realizada entre os dias 12 e 14 deste mês, em Brasília, e no dia 15, nos estados. A Adufs participou das discussões ocorridas na capital federal, onde ainda foram indicadas manifestações no dia 22 de setembro e na primeira quinzena de outubro, em data a ser definida. As mobilizações propostas na Jornada foram aprovadas pelos docentes da Uefs na assembleia realizada no dia 20 de setembro. 

Para a diretoria da Adufs, o protesto dos metalúrgicos representa um importante passo para a ampliação da luta conjunta em defesa da construção da greve geral, já que a pauta é discutida no âmbito do setor privado junto aos trabalhadores das fábricas e indústrias. Os metalúrgicos têm como pauta a defesa da aposentadoria, dos direitos trabalhistas, da saúde, educação, moradia e transporte, e contra o desemprego, a terceirização e o desmonte da justiça do trabalho. Também reivindicam a redução da taxa de juros.

Ueba
Durante os atos organizados nacionalmente contra o governo Temer, os professores da Uefs, assim como os das demais universidades estaduais (Uneb, Uesb e Uesc), também denunciaram a política do governo Rui Costa de ataque aos direitos trabalhistas e de redução no orçamento destinado à educação pública superior.

O Movimento Docente (MD) vem cobrando do governo uma posição, mas, ao longo de três reuniões de negociação, sendo duas delas com o secretário da Educação, Walter Pinheiro, ainda não foi apresentada uma proposta. Diante da grave crise financeira que compromete as condições de trabalho e estudo nas universidades e do desrespeito aos servidores, os docentes das quatro instituições seguem dispostos a endurecer as mobilizações. 

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