Sem salários, vigilantes da Uefs param as atividades
15/03/2016
O atraso no salário de fevereiro fez outra categoria da Uefs paralisar os trabalhos. Desta vez, os vigilantes, que só retornarão às atividades após receberem o pagamento e o vale-transporte vencidos no quinto dia útil deste. Por conta da mobilização, nesta terça (15), a administração da universidade suspendeu as atividades e se reunirá para definir a situação para os próximos dias. A previsão é de que o pagamento dos 208 trabalhadores seja efetuado na próxima quinta-feira (17).
Desde 2013, a falta de recursos impôs aos gestores da Uefs a difícil tarefa de definir qual despesa pagar. No entanto, o agravamento da crise financeira está criando uma situação insustentável para a instituição, que, atualmente, está com grande dificuldade para quitar dívidas antes definidas como prioridade, como o pagamento da mão-de-obra. "As Universidades Estaduais da Bahia têm sido gravemente prejudicadas com orçamentos insuficientes para a manutenção das atividades. A responsabilidade pela atual situação é do governo estadual”, denuncia Elson Moura, diretor da Adufs.
Além da falta de pagamento do salário e do vale-transporte, os vigilantes da Uefs ainda aguardam receber o valor da rescisão do contrato de trabalho com a antiga empresa prestadora do serviço à Uefs, cancelado em novembro do ano passado. O vice-presidente do Sindicato dos Vigilantes de Feira e Região (Sindvigilantes), Juraci Mendes, informou que a entidade moveu uma medida cautelar contra a universidade para assegurar as rescisões.
Solidária à luta, a diretoria da Adufs procurou os vigilantes, nesta manhã (15), reafirmou a importância da luta unificada em defesa da ampliação de recursos para as quatro universidades estaduais e se dispôs a apoiá-los no que for necessário para a continuidade da mobilização.
Diretoria da Adufs prestou solidariedade aos vigilantes
Outras mobilizações
Este ano, é a quarta vez que os terceirizados cruzam os braços para exigir o cumprimento dos seus direitos. Em fevereiro, os funcionários do Restaurante Universitário (RU) paralisaram os trabalhos em função do atraso no pagamento do salário de janeiro. O fornecimento do café da manhã foi suspenso por um dia. (Leia aqui)
Ainda no último mês, os profissionais dos setores de telefonia, recepção e agente de portaria também interromperam os serviços (Leia aqui). A mobilização voltou a se repetir no dia 10 deste (Leia aqui).