Decreto do governo Rui Costa demite 110 funcionários da Uefs
01/12/2015
O governo que se diz promotor de mudanças na vida dos trabalhadores aplica sucessivos golpes à classe e a faz sentir na pele as consequências nefastas de um projeto político que se curva às exigências do sistema capitalista. Esta semana, como parte das ações que o governo Rui Costa justifica como contenção de gastos públicos para adequar o orçamento do Estado ao cenário econômico mundial, foram demitidos 110 funcionários terceirizados da Uefs.
As demissões têm como base o decreto Nº 16.417/2015, que determina a redução de 15% dos contratos de prestação de serviços continuados e de terceirização, além de suspender despesas públicas decorrentes da celebração de novos contratos, aquisição de materiais de consumo, contratação de cursos, dentre outras demandas dos órgãos e entidades do Poder Executivo. No total, foram demitidos 41 funcionários do setor de manutenção predial, 38 de vigilância patrimonial, 26 de limpeza e conservação, mais cinco de copa e cozinha.
“Não satisfeito com os ataques à educação pública, materializadas, principalmente, com a redução da verba de custeio, investimento e manutenção das Universidades Estaduais da Bahia, o governo Rui Costa aplica outro corte na carne dos trabalhadores. Enquanto isso, firma contrato de Parceria Público-Privada com grandes empresas e destina, mensalmente, R$ 10 milhões para concessionária da Arena Fonte Nova. Os trabalhadores não podem pagar a conta da opção política do governo de investir no setor privado, em detrimento do público”, rebate o professor Edson do Espírito Santo, diretor da Adufs.
Os critérios para a escolha dos funcionários que deixaram os postos de trabalho são adotados pelas empresas terceirizadas. “A redução no quadro de prestadores de serviços representa não só a precarização para o serviço público, mas a retirada de pessoas que servem à sociedade. São pais e mães de famílias que estão desempregados. Não sabemos quando esses trabalhadores terão novamente um emprego. Para a Uefs, é muito doloroso! Devemos manter e fortalecer as nossas lutas para barrar esse tipo de ação”, declarou Saulo Rocha, chefe da Unidade de Infraestrutura da Uefs (Uninfra).
A Adufs, que prestou solidariedade aos terceirizados que estavam em aviso prévio, repudia o Governo do PT e sua politica nefasta de ataque aos serviços públicos e aos servidores, para manter os lucros do capital.