Ato Público reúne entidades sindicais e movimentos sociais no 2 de Julho
06/07/2015
O desfile do 2 de Julho foi marcado pela defesa, conjunta, da educação pública. A principal bandeira de reivindicação do Movimento Docente (MD) das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) e das outras entidades sindicais foi brandida com coragem, força e confiança. Aqueles e aquelas que anseiam por uma realidade melhor, digna e necessária para a educação pública, foram às ruas neste 2 de Julho e denunciaram com vigor a política de estrangulamento do governo. Uma prática que sucateia as universidades públicas e afetam os direitos trabalhistas e a permanência estudantil, além de impedir a emancipação de cidadãos (ãs) da classe trabalhadora.
A Adufs saiu da Uefs com três ônibus levando representantes dos professores, estudantes e técnico-administrativos. As faixas erguidas, assim como as palavras de ordem utilizadas durante toda a mobilização, denunciavam a situação caótica das Ueba. “Em defesa da educação pública” foi a principal frase de ordem do ato público que conclamou a sociedade que assistia e participava do desfile a apoiar e se unir na luta contra as medidas autoritárias e antissociais impostas pelo governo.
O ato representou para o MD e para as outras entidades um momento de manifestação pública da luta pela educação gratuita, de qualidade e socialmente referenciada. Gracinete Souza, diretora da Adufs e membro do Comando de Greve dos Docentes da Uefs, disse que “a classe trabalhadora moldou o 2 de Julho. Hoje é um dia de manifestações. Assim, levamos da Lapinha ao Pelourinho nossas bandeiras de luta”.
O professor Antônio Eduardo Oliveira, presidente da Associação dos Professores Universitários do Recôncavo (Apur) e membro do Comando Local de Greve dos docentes da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, destacou a importância da realização conjunta do ato para repudiar com veemência as políticas danosas do governo. “Esta mobilização conjunta do Fórum das ADs, da Apur, da Apub e de outras entidades, em defesa da educação, é um marco importante. Nós estamos em greve contra a política do corte de verbas. Estamos aqui nesta mobilização para defender a universidade pública e gratuita”, justificou.
A estudante de pedagogia da Uefs, Paloma Brito, representando a categoria, destacou o propósito da mobilização e o descaso do governo com as Universidades Estaduais. “É um momento muito importante, no qual, as quatro estaduais vêm aqui para mostrar o que o governo está fazendo com as Universidades públicas – o sucateamento, os cortes. Estamos nas ruas para isso, para colocar em pauta tudo que o governo sabe e se nega a fazer”, enfatizou.
Os técnico-administrativos de diversas instituições também foram às ruas demonstrar apoio às outras categorias da educação pública e expor, com insatisfação e resistência, as suas reivindicações. “Este ato sintetiza e consegue aglomerar todas as categorias que se encontram prejudicadas. E todos promovem neste momento, um alerta à sociedade sobre as situações indigestas pelas quais estamos passando”, manifestou o servidor Rui Carigé, do IFBA, Campus Seabra.